quarta-feira, 9 de abril de 2014

REFÉM DA REDE SOCIAL



Refém de rede social: Facebook

Atire a primeira pedra quem ainda não se rendeu ou se sentiu refém da rede social. Não adianta negar. Email tornou-se obsoleto. As pessoas, amigos, clientes, empresas (a grade maioria) não mandam mais e-mails. Tudo vem pela rede social, sejam propagandas, postagens, flyer, recados abertos os menos compromissados ou não comprometedores e   descontraídos, ou por inbox, os mais pessoais.

Não importa de que maneira ou modo for, quando começamos a ver nossos recados acabamos nos rendendo as postagens dos amigos, e assim, o tempo passa e não percebemos o total de tempo que gastamos apenas para ver o que era um “simples recado”. Pois é, assim como uma droga, a rede social chega devagarinho e vai aos poucos nos contaminando, “conquistando” e nos viciando.

Da mesma forma que vemos as postagens dos amigos e amigos dos amigos, começamos a sentir a necessidade de também colocar nossos pensamentos, ideias e acontecimentos pessoais ou sociais, políticos e até divulgação de trabalho e por ai vai.

Muitos fatores são positivos na rede social. Aproxima-nos das pessoas e parentes distantes. É interativa, rápida, nossas questões e dúvidas (trabalhos escolares, universitários, cursos etc.) são rapidamente respondidas até mesmo por pessoas que necessariamente não é “amiga”(o), pois de alguma forma alguém multiplica nossa questão.

Por outro lado, o fator negativo é que, um comentário, atitude, brincadeiras, postagens ou vídeo de mau gosto, cai no gosto popular e se propaga mais rápido que um flash de um relâmpago e podemos magoar, ou difamar uma pessoa tão rápida que não tem conserto “a posteriori”. Portanto, devemos sempre ser cuidadosos com nossas curtições e compartilhamentos ou postagens, para não termos que nos arrepender de atos impensados.
Ismenia Woyame psicóloga psicoterapeuta.

 

 

domingo, 6 de abril de 2014

DESTRALHE-SE



Destralhe-se

Por Carlos Solano*

 "Bom dia, como tá a alegria?", diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar. "Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!", e ela me apertou.
Na matemática de dona Francisca, quatro abraços por dia dão para sobreviver, oito ajudam a nos manter vivos, 12 fazem a vida prosperar. Falando nisso, vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada. Já ouviu falar em toxinas da casa?

Pois são objetos e roupas que você não gosta ou não usa, coisas feias ou quebradas, velhas cartas, plantas mortas ou doentes, recibos, jornais e revistas antigos, remédios vencidos, meias e sapatos estragados... Ufa, que peso! O que está fora está dentro e isso afeta a saúde, aprendi com dona Francisca. "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa!", ela diz, enquanto me ajuda a "destralhar", ou liberar as tralhas da casa.

O "destralhamento" é uma das formas mais rápidas de transformar a vida e pode muito bem ajudar outras terapias. A saúde melhora, a criatividade cresce e os relacionamentos se aprimoram, também ensina o Feng Shui, com a delicadeza própria das artes orientais. Para o Feng Shui, é comum se sentir cansado, deprimido ou desanimado em um ambiente cheio de entulho, pois existem fios invisíveis nos ligando àquilo que possuímos. Outros possíveis efeitos do acúmulo e da bagunça: sentir-se desorganizado, fracassado e limitado, aumento de peso, apego ao passado...

No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga. Na entrada, restringem o fluxo da vida. Empilhadas no chão, nos puxam "para baixo". Acima, são "dores de cabeça". Sob a cama, poluem o sono. Então... Se dona Francisca falou e o Feng Shui concordou, nada de moleza! "Oito horas para trabalhar, oito para descansar, oito para se cuidar!", diz a comadre. "E nada de limpar só por onde o padre passa..."

 Revista Bons Fluidos, edição 109 - abril/2008